terça-feira, 16 de março de 2010

Procissão dos Passos em Olivenza

A Procissão dos Passos em Olivenza, que se realiza no 5º Domingo da Quaresma, mostra bem como esta cidade está envolvida na cultura Portuguesa, a sua procissão dos Passos mostra muitas influências dos Portugueses, pois esta cidade foi Portuguesa durante muitos seculos.

1 comentário:

  1. UM TRABALHO EXTRAORDINÁRIO LANÇADO NUMA JÓIA (NO LANÇAMENTO DE UM LIVRO)

    Lançar um livro. Um acto sempre importante. Algo corriqueiro, também. Mas... quase
    nunca vulgar.
    E depois... há livros e livros. Há ambientes mais ou menos significativos. Alguns são
    esmagadores.
    A Capela da Santa Casa da Misericórdia de Olivença é um destes ambientes. Esmagador.
    Duma enorme beleza. E incompreensível para quem não sabe um pouco de História.
    Os azulejos, portugueses, azuis e brancos, forma maravilhosos painéis. As talhas,
    alguma indo-portuguesas, deixam-nos deslumbrados. As imagens religiosas, nomeadamente a
    do altar principal, são de uma grande riqueza.
    É o dia 12 de Março de 2010. Vai-se lançar um livro, e a Capela está quase cheia.
    Falam vários oradores, acabando por usar da palavra o autor do livro, José António
    González Carrillo. O Título da obra é, por si só, um manifesto. "Herança Portuguesa nas
    Confrarias de Olivença". Inúmeras fotografias, organizadas artisticamente, como só este
    autor sabe fazer (recordemos outros título: "Saudade"; "Olivença Oculta").
    Basta-me citar trechos da comunicação do oliventino mestre da imagem e da câmara. Fica
    tudo dito.
    «Real "Arquiconfraria" de Nosso Senhor Jesus dos Passos e Irmandade de Nossa Senhora
    da Misericórdia, sois testemunho vivo do esforço de muitas gerações de oliventinos que
    tal como vós encontraram na Paixão um modo de vida e um desvelo para melhorar à vossa
    maneira a cultura popular que faz de nós indiscutivelmente "algo" de único. Obrigado,
    sinceramente, a todos vós. (...)É necessária a consciencialização, procurar, na
    identidade do passado, as marcas que
    nos façam sentir orgulhosos da nossa herança, dos nossos cultos, das nossas festas. (...)
    decidi retratar-te, colocar as minhas recordações de criança em paz comigo mesmo, dar
    ordem aos meus pensamentos e relatar o porquê de seres diferente de qualquer lugar, e
    assim ter uma desculpa para imortalizar as largas estradas da nossa memória.(...) Foram
    centenas de fotografias que tirei de cada instante, de cada rua, de cada tonalidade
    avermelhada do entardecer que acompanha os nossos rituais religiosos mais
    profundos.(...)Tentando criar um trabalho intemporal, cheia de contrastes, mas com o
    intenso aroma luso que ainda se pode apreciar nas ruas de "estação" de penitência. Só
    temos de visitar qualquer localidade irmanada culturalmente a Olivença. como o Redondo,
    Monforte, ou Veiros... para encontrar nelas as mesmas características culturais que
    respiramos nos "grupos" mencionados no livro.
    Só olhando para o nosso passado encontraremos a identidade que todo o oliventino sente
    no seu coração. (...)"A Pátria de cada um de nós é a nossa própria infância"(...)».
    Melhor do que eu alguma vez o poderia fazer, o autor explicou a sua obra e os seus
    sentimentos!
    Estremoz, 14 de Março de 2010
    Carlos Eduardo da Cruz Luna (um NÃO-RELIGIOSO!!!)

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