sexta-feira, 16 de abril de 2010

Festas do Espirito Santo em Alenquer


As antigas festas imperiais do Espírito Santo, porventura as maiores do concelho, aconteciam em terras de Alenquer. Atraíam a presença da Corte e de forasteiros, a julgar pela dimensão das iguarias com que se faziam, por volta do Domingo de Páscoa até ao dia do Espírito Santo (Domingo de Pentecostes).

Começaram a perder importância no séc. XVIII. Reconhecidas por todos, estes festejos atribuem-se provavelmente aos franciscanos em 1323, ainda que a Rainha Isabel de Aragão e o Rei D. Diniz, seu marido, os tenham favorecido. O culto e os festejos do Espírito Santo alcançaram tão grande aceitação popular, que deram origem em todo o país a inúmeras igrejas, conventos, ermidas, capelas e confrarias com essa invocação.

Os anos seguintes deram expressão às «Festas do Império» e da «Coroação do Espírito Santo» por todo o território e também pelo Portugal das descobertas, estando ainda nos arquipélagos, Madeira e Açores, bem vivas.

Interrompidas há perto de 200 anos em Alenquer, reconstituíram-se por uma única vez em 1945, para renascerem em 2007, sob o lema “o Espírito Santo sopra onde quer”.

«Renascidas em 2007, após longos meses de adormecimento, as festas do Império do Divino Espírito Santo voltam, este ano, a destacar-se no calendário das realizações religiosas e culturais da vila “Presépio de Portugal”. A edição de 2010 é dedicada aos Açores, prestando assim Alenquer homenagem ao povo açoriano que tem contribuído para a divulgação do culto. Do programa vão constar as largadas de touros à corda, com a colaboração dos especialistas açorianos e um restaurante alenquerense vai dedicar o fim-de-semana de 22 e 23 de Maio à gastronomia açoriana. As festas são uma iniciativa da Câmara Municipal, das Paróquias de Alenquer e da Santa Casa da Misericórdia.» (Fonte: Tinta Fresca)



04-04-2010 - Domingo de Páscoa

12:00 Missa Solene da Páscoa iniciando-se com a Procissão das Insígnias do Espírito Santo para a Igreja de São Francisco Igreja da Misericórdia

10-04-2010 - Sábado

21:30 Grupo Vocal ARSIS
Igreja do Espírito Santo

11-04-2010 - Domingo

15:00 Festa da Solidariedade “O Espírito sopra onde quer”
Jardim Vaz Monteiro
17-04-2010 - Sábado

21:30 Coro do Laboratório Nacional Engenharia Civil
Igreja do Espírito Santo

18-04-2010 - Domingo

15:00 Festa da Solidariedade “O Espírito sopra onde quer”
Jardim Vaz Monteiro
24-04-2010 - Sábado
21:30 Coro Polifónico de Cascais
Igreja do Espírito Santo
01-05-2010 - Sábado

21:30 Coro Polifónico Jubilare
Igreja do Espírito Santo

02-05-2010 - Domingo

16:00 Conferência “Toirada à Corda, Origem e Tradição" Apresentação das Actas do Colóquio de 2009 (Encontro numa Tarde de Domingo)
Museu João Mário
17:00 Festa da Solidariedade “O Espírito sopra onde quer”
Jardim Vaz Monteiro
08-05-2010 - Sábado
21:30 Grupo Coral “ARS Música”
Igreja do Espírito Santo
09-05-2010 - Domingo
15:00 Festa da Solidariedade “O Espírito sopra onde quer”
Jardim Vaz Monteiro
22-05-2010 - Sábado
12:30 Gastronomia dos Açores
Restaurante D. Nuno
14:30 Documentário “Em Nome do Divino. Açores”
Auditório Damião de Góis
16:00 Toirada à Corda
Largo do Espírito Santo
21:30 Festa da Luz e Vigília de Pentecostes
Igreja do Espírito Santo
23-05-2010 - Domingo de Pentecostes
12:30 Gastronomia dos Açores
Restaurante D. Nuno
12:30 15:00 Missa Solene da Festa do Império do Divino Espírito Santo sob a presidência do senhor D. Tomaz da Silva Nunes, Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa
Igreja de São Francisco
18:00 Procissão do Espírito Santo Igreja de São Francisco para o Largo do Espírito Santo
16:30 Bodo - Folia com Tocadores dos Açores, Vida Activa e Vindimeiros
Jardim Vaz Monteiro

terça-feira, 13 de abril de 2010

Semana Santa em Sevilha


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Procissão da Ressureição em Castelo de Vide



Procissão da Ressurreição que se iniciou ás 11 horas, aqui deixamos as imagens mais marcantes da mesma, e que como é hábito, integrava os estandartes das forças vivas do Concelho.

A abrir a Procissão, dois elementos da GNR a cavalo, seguidos do Cavaleiro nascido em Castelo de Vide, João Carlos Folgado.

A seguir vinha a Fanfarra dos Bombeiros Voluntarios de Castelo de Vide, á frente de dezenas de estandartes das associações e colectividades, instituições, irmandades, juntas de freguesia, etc, cada uma delas representadas pelos seus Directores, Presidentes, etc., e tambem a Cãmara Municipal c/ todo o seu elenco.

Finalmente, o Sr. Padre Victor Milicias e Cónego Tarcisio Alves ladeados por cada um dos representantes das instituições da vila e, por último a Banda União Artistica que com a sua música acompanhava a procissão, seguidos de centenas de populares


Largas centenas de pessoas estavam espalhadas por todo o percurso da Procissão que terminou de novo na Igreja Matriz, onde se seguiu a Missa celebrada pelo Padre Victor Milicias.

Visita Pascal em Vitorino das Donas

Procissão das Tochas Floridas em S. Braz de Alportel







Nos séculos XV-XVI, a procissão da Ressurreição era teatralizada. A cerimónia do ”encontro” de Maria com Cristo era o momento mais alto da procissão. Cantavam-se as “alegrias” de Maria e de “Cristo Triunfante”. Era a Procissão do Triunfo ou Real.

O Concílio de Trento (1545-1563) proíbe esta representação ao vivo nas procissões, devido à “falta de decência” e ao “burlesco” de algumas encenações. Surgem as procissões com o Santíssimo Sacramento no dia de Páscoa e Corpo de Deus. Porém, não foi fácil a mudança.

Nos séculos XVII e XVIII, abadias e catedrais, a pouco e pouco, realizam a mesma procissão mas com as figuras bíblicas em andores. O Santíssimo Sacramento ia no fim da procissão alumiado por tochas acesas.

No Algarve, em 1674, D. Francisco Barreto, em 1674, nas Constituiçoens Synodais do Bispado do Algarve, decreta a procissão pascal com o Santíssimo Sacramento.

Em São Brás de Alportel, D. José de Santa Susana, em 9 de Maio de 1731, autorizou a procissão com o Santíssimo Sacramento, na festa do Corpo de Deus. A procissão pascal foi implantada depois desta data. Era exigido «clérigos bastantes» e «cópia de confrarias» com tochas acesas para a organização da procissão.

No século XIX, no Algarve, a procissão, no dia de Páscoa, com o Santíssimo Sacramento «está tão espalhada que poucas ou nenhumas freguesias a não fazem. Nalguns lugares ela tem foros de grande acontecimento. As ruas são juncadas, nas casas põem-se colgaduras e até as próprias velas das crianças e dos fiéis são floridas. É a procissão das flores, como nalguns lugares lhe chamam».(1)

Em São Brás de Alportel, nos finais do século XIX, realizava-se uma procissão grandiosa. As colunas da igreja tinham damascos ou veludos encarnados. As portas e janelas eram ornamentadas e as ruas atapetadas com ”erva de cheiro” e flores. Havia arcos triunfais floridos.

Os homens empunhavam as suas tochas (velas) floridas. À falta de cera, pintavam paus que decoravam com flores dos alegretes. As confrarias incorporavam-se. Os clérigos iam no meio das alas a cantar os hinos e antífonas pascais e o povo respondia: Aleluia, aleluia, aleluia.

São Brás de Alportel, em 1910, era uma paróquia muito cristã. Com a implantação da República tudo se alterou. As confrarias quase se extinguiram. Em 1912, ainda saiu a procissão.

O furor anticlerical desmotivou as pessoas. Em 1920 saiu de novo a procissão da Ressurreição: «única em todo o Portugal. Incorporam-se nela dezenas de rapazes, que empunhando suas velas enfeitadas com lindas flores, entoam em alta grita, o “ressuscitou como disse, aleluia, aleluia”. Isto só em São Brás e a alegria que em todos se nota e a satisfação que em todos os rostos se lê, é como que a compensação da tristeza profunda dos dois dias anteriores».(2)

Nas décadas de quarenta e cinquenta, do século passado, os homens de São Brás de Alportel voltaram às procissões. O tradicional canto das antífonas, em latim, desapareceu com a falta de clérigos. Presentemente, a procissão é um mar de gente com as suas tochas floridas a cantar com voz forte o aleluia da ressurreição. A procissão inicia a sua caminhada e, na falta de cantores, um homem levanta a voz e proclama esta antífona pascal: Ressuscitou como disse! E o povo responde cantando: Aleluia, aleluia, aleluia! Imediatamente outro cantor entoa a antífona e todos respondem empunhando bem alto e com orgulho a sua tocha florida. É um coro de vozes aqui e ali ao longo de toda a procissão. As vozes sobrepõem-se umas às outras. As gargantas ficam ressequidas com a gritaria. Novos e velhos levantam o canto e todos repetem aleluia. É uma festa dentro dos corações desta gente. É um ambiente único, cheio de cor, de alegria e de fé popular. A raiz religiosa está dentro do coração destes homens, alguns vindos de longe, e neste dia todos cantam aleluia. Unidos por uma força atávica, crentes e não crentes, (a maioria dos homens não frequenta a igreja), porém, irmanados pelo mesmo sentimento religioso, todos cantam até à exaustão o aleluia em honra de Cristo Ressuscitado. As ruas são engalanadas e têm um tapete florido ao longo da procissão.

Pe. José Duarte da Cunha

O QUE É A VISITA PASCAL OU COMPASSO?


A visita Pascal é a visita que o pároco faz aos habitantes da freguesia, revestido de sobrepeliz e estola branca, acompanhado do juiz da cruz, portador da cruz paroquial, dois mordomos, um com a caldeirinha da água benta, outro com a cesta ou bolsa para recolha do folar, todos de opas vermelhas, precedidos do miúdo da campainha.

Em algumas paróquias para-se, ao meio dia, para almoçar noutros lados é um contínuo correr por estradas, caminhos, atalhos, montes e campos. À porta de cada casa espera de joelhos ou de pé o chefe de família que beija e dá a cruz a beijar aos seus familiares. Normalmente ajoelhados ou em volta da mesa, onde estão os ovos,
as maçãs, as laranjas e o envelope do dinheiro que constitui o folar do senhor abade. Este entra, asperge com água benta, saúda com as palavras “Aleluía! Aleluía! A paz do senhor esteja nesta casa e em todos os que nela
habitam” ou “Aleluía! Aleluía! Ressuscitou Jesus, filho da Virgem Maria”. Em algumas terras dá também a estola a beijar e, se for caso, benzem-se quadros, imagens e as casas que tiverem sido construídas nesse ano.

Quando a paróquia é demasiado grande recorre-se a outro sacerdote, diáconos ou a um simples seminarista que, nesse dia põe distintivos sacerdotais.

Todo o dia estralejam muitos foguetes em cumprimento de promessas.

Ao cair da noite muita gente vai até à igreja paroquial ver recolher o compasso e, para os «Compassantes», o dia termina com um jantar na residência do padre da freguesia.

Visita Pascal em Vizela

Páscoa no Alentejo

No Alentejo, a tradição de Páscoa está muito ligada à segunda-feira de Páscoa, na qual, de uma maneira geral, os alentejanos vão para o campo desfrutar da beleza primaveril que nos inunda de cores e cheiros, abrindo o apetite para a gastronomia tradicional neste dia: o borrego e o folar.

Na Arquidiocese de Évora, nalgumas localidades, essa tradição de ir para o campo ganhou contornos de Romaria, com um programa organizado em que o sagrado e o profano convivem, sendo momentos de devoção religiosa e de saudável convívio entre familiares e amigos.

Junto à fronteira, há décadas que, no fim-de-semana da Páscoa, a vila de Campo Maior fica praticamente deserta porque a maioria da população, incluindo famílias inteiras, se mudam literalmente para as margens do rio Xévora, junto do Santuário de Nossa Senhora da Enxara, a poucos quilómetros da aldeia de Ouguela e de Alburquerque.

Apesar das celebrações religiosas acontecerem apenas no Domingo de Páscoa, com a celebração de uma Eucaristia, e na Segunda-feira de Páscoa, com a tradicional Procissão com a imagem de Nossa Senhora da Enxara, os campomaiorenses vão para ali acampar dias antes.

No dia mais importante da Festa, Segunda-feira de Páscoa, feriado municipal, realiza-se uma Missa seguida de procissão em honra de Nossa Senhora da Enxara, terminando as festas, como é tradicional com o sorteio de uma bezerra, um borrego, um Leitão e um Presunto.

Mais a oeste da Arquidiocese, decorre a Romaria em honra de Nossa Senhora do Carmo, que acontece na Serra de São Miguel, concelho de Sousel. Trata-se de uma romaria secular que se realiza anualmente, na segunda-feira de Páscoa. Segundo a imprensa local, as gentes da vila de Sousel, numa azáfama, preparam de véspera o cabrito assado, o ensopado de borrego, as “costas” e o pão que são feitos no forno de lenha. Na Segunda-feira de Páscoa invadem a Serra de S. Miguel, em busca de uma sobra das oliveiras que a povoam, para estenderem as suas toalhas e fazerem o piquenique.

Durante a Páscoa, a imagem de Nossa Senhora do Carmo é levada para a Capela, no alto daquela Serra. E na próxima Segunda-feira, cumprindo a tradição, está marcada a Missa seguida de Procissão, para o meio-dia. Finalizadas as cerimónias religiosas, acontece o almoço e depois, o tradicional rebola. Para outros, depois do almoço vem a “sesta”, enquanto esperam pelo início da tourada, marcada.

A Sul na Arquidiocese, nomeadamente, por Mourão, na segunda-feira de Páscoa realiza-se a Romaria de S. Pedro dos Olivais. O dia começa com o cortejo, em volta do Jardim Municipal, a Missa Solene campal, na ermida de S. Pedro, seguida de Procissão em volta da ermida. Após a confraternização, inicia-se o Arraial, com o leilão das fogaças ofertadas.

Pelo Alentejo fora existem ainda outras festas e romarias tradicionais com maior ou menor organização, que marcam a segunda-feira de Páscoa e os dias seguintes, como acontece no concelho de Alandroal, onde na segunda-feira de Pascoela, oitavo dia depois da Páscoa, acontece a Romaria da Senhora da Boa Nova, para a qual muitos ainda guardam o borrego e o foral para degustarem por esses dias.

No vizinho concelho de Borba também se assinala a segunda-feira de Páscoa, com a Festa de Santa Bárbara, e na segunda-feira a seguir, com a Feira da Pascoela.

Em Redondo, a tradição na segunda-feira de Páscoa continua também a cumprir-se com a romaria à Ermida de Nossa Senhora da Piedade.

Na cidade de Elvas a tradição de ir comer o borrego para o campo é também cumprida, sendo que neste caso, na segunda-feira de Páscoa, os elvenses rumam para a Ajuda, nas margens do Rio Guadiana, onde comem o borrego assado.

Procissão da Ressureição em Aveiro - Vera Cruz




Pelas 10 horas sai da Igreja da Vera-Cruz, em Aveiro, a Procissão da
Páscoa da Ressurreição do Senhor da Vera-Cruz, em Aveiro, que percorre
algumas ruas do centro histórico.
Adornada com colchas nas janelas, junco, alecrim e erva doce pelo
chão, assim se anuncia a Páscoa em Aveiro.
Organizada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento da Paróquia, esta
procissão secular é de rara beleza e explendor.
Preside o bispo da Diocese, que leva o Santíssimo sob o Pálio. Entre
as interpretações de repertório seleccionado da Banda Amizade de
Aveiro, nomeadamente a "Marcha a dom Carlos", o Irmão da umbela entoa:

Regina caeli latare (Aleluia, aleluia!),
Ressurgit sicut dixit (Aleluia, aleluia!)
Ora pro nobis Deum (Aleluia, aleluia!)

e os Irmãos respondem com os aleluias.
Finda a procissão, é celebrada a Missa Solene da Páscoa, na Igreja da Vera-Cruz.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Procissão de Quinta Feira Santa 2010 em Loriga

Semana Santa em Braga 2010


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PROCISSÃO ENTERRO SENHOR - VIZELA

Procissão do Enterro do Senhor em Vila Viçosa

Vila Flor - Enterro do Senhor 2010





Procissãos da Semana Santa em Elvas

Procissão da Ressureição


Procissão do Enterro do Senhor - Sexta Feira Santa



Procissão do Mandato - Quinta Feira Santa

Procissão da Ressureição em Loriga 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

QUINTA FEIRA SANTA


CERNACHE DO BONJARDIM - Celebrações da Semana

À semelhança de outras paróquias, as cerimónias da semana santa também terão lugar em Cernache do Bonjardim.
Na próxima Quinta-feira Santa, dia 1 de Abril, pelas 19 horas tem lugar a cerimónia da ceia do senhor com a representação do "lava-pés" e "trasladação do santíssimo sacramento para o altar lateral", sendo que a adoração do santíssimo se prolongará até às 23h30 seguindo-se a adoração colectiva até à meia-noite.
Na Sexta-feira Santa, o dia começa às 10h30 com a oração da manhã, às 14h30 tem, lugar a via-sacra, com a participação de todos os movimentos paroquiais. A celebração da paixão começa às 16 horas e às 18h30 tem lugar a procissão do enterro.
As cerimónias continuam no Sábado Santo com a oração da manhã a ter lugar às 10h30 e a Vigilia Pascal a acontecer às 22 horas e bênção do Lume Novo, liturgia da palavra e Batismo de crianças.
Finalmente no Domingo de Páscoa, tem lugar a Eucaristia da Ressurreição pelas 12 horas.

Semana Santa em São Martinho

Decorrem as cerimónias da Semana Santa na Vila de São Martinho do Porto. Um programa enriquecido por manifestações culturais.

No dia 1 de Abril, pelas 21h30, realiza-se a Missa da Ceia do Senhor – Tempo de Adoração, Silêncio e Recolhimento. No dia 2 de Abril, às 15h00, haverá Celebração da Paixão do Senhor e às 21h30 dramatização da Descida da Cruz e Procissão do Enterro do Senhor.

No dia 3 de Abril, pelas 22h00, Vigília Pascal, e no Domingo de Páscoa, às 12h, Missa da Ressurreição do Senhor

A organização está a cargo da Paróquia de São Martinho do Porto, da Câmara Municipal de Alcobaça, da Junta de Freguesia de São Martinho do Porto e da Casa da Cultura José Bento da Silva

Tradições seculares em Idanha-a-Nova

Chorai, olhos; Chorai, olhos;

O chorar não é desprezo;

A virgem também chorou

Quando viu seu Filho preso


(Quadra popular transcrita no livro “Este Pedaço de Vida que vos dei...”, do Pe. Adelino Américo Lourenço)

Poucas localidades do país terão uma tradição quaresmal e pascal tão rica e secular como as mantidas no concelho de Idanha-a-Nova, Distrito de Castelo Branco, algumas das quais “excluem” mesmo o padre.

O site do município destaca, entre outras, a Encomendação das Almas, o Ir a ver Nosso Senhor, o Terço dos Homens, as Procissões Corridas e dos Sete Passos, o Lava-pés pelo Provedor da Misericórdia, o Louvado Nocisso, os Santos Passos, o Descimento da Cruz, o Santo Sepulcro, a Ceia dos Doze, o Queimar das Cinzas em Sábado Santo.

As celebrações atingem o auge a partir de Quinta-feira Santa à noite, especialmente nas freguesias de Proença-a-Velha e Segura, com as cerimónias do encontro do Senhor e do lava-pés (com organização a cargo da Santa Casa da Misericórdia).

As procissões decorrem num profundo silêncio e emoção. Em Alcafozes a Quaresma é celebrada de uma forma particular: são os homens da confraria e mulheres da povoação que conduzem as cerimónias onde o padre se incorpora.

As melodias são entoadas em latim e “português antigo, transmitidas oralmente de geração em geração. Os homens, com o seu estandarte, percorrem durante a noite as ruas da aldeia e param nos sete passos armados que são uma espécie de altar.

No Ladoeiro, a procissão dos penitentes (Sexta-feira Santa) é reservada aos homens, as mulheres ficam em casa, por detrás das janelas, acendendo velas e candeias.

Em Idanha-a-Nova, no Sábado de Aleluia (Ressurreição), faz-se a “festa dos apitos”, em que toda a população se junta na Igreja com apitos.

Depois da celebração realiza-se uma marcha pela vila, na qual as mulheres tocam os seus adufes e cantam à Senhora do Almortão para depois se aglomerarem junto à casa do pároco. Este, cumprindo a tradição, atira amêndoas da janela a todos os presentes.

“Com a alegre e expansiva Aleluia, ao som do toque do milenar adufe, inicia-se a alegria também na Mãe do Ressuscitado, a devoção mariana, de seguida assinalada festivamente em inúmeras romarias, por todo o Concelho”, refere o site oficial do Município, na sua secção dedicada à Semana Santa.

PROCISSÃO DO ENTERRO DO SENHOR EM ALVALADE - BEJA


A Procissão do Enterro – o reviver de uma tradição alvaladense.




A Procissão do Enterro do Senhor, ou do Senhor Morto como também se designava, que habitualmente se realiza na noite de Sexta-Feira Santa, era, à semelhança do que acontece noutras localidades e regiões, uma das mais antigas tradições católicas Alvaladenses, tendo sido interrompida nos anos 30 e retomada há quatro anos atrás. A Procissão, que representa a morte de Jesus Cristo e o cortejo que os romanos lhe fizeram até ao sepulcro, é marcada por um profundo sentimento de pesar e intensa religiosidade, o que já levou a que se chamasse igualmente Procissão do Silêncio. À frente do cortejo surgem as matracas que se fazem ouvir, no silêncio, enquanto a banda de música executa a marcha fúnebre. Os Martírios e logo depois os irmãos das Misericórdias, os estandartes e bandeiras das instituições Alvaladenses, a Verónica, o Pároco e por último o esquife, conduzido por elementos dos Bombeiros Voluntários de Alvalade e logo depois a Banda de Música Lira Cercalense, a encerrar o cortejo, feito à luz dos archotes.

Neste ano de 2010, quando se completam 500 anos após a concessão do Foral pelo Rei D. Manuel I, apela-se à população que não deixe de assistir a esta impressionante manifestação de fé e sentido de pesar da comunidade e que concorre para o reviver das nossas tradições. Igualmente se pede à população que ornamente as ruas por onde o cortejo passa, com panos roxos e com figuras alusivas à Paixão de Jesus Cristo. De notar que esta cerimónia, se tiver o empenho e a dedicação dos Alvaladenses, irá contribuir grandemente para o desenvolvimento local e trará a Alvalade pessoas de outras localidades. Vamos pois comemorar condignamente a Semana Santa e participar na Procissão do Enterro do Senhor ou Procissão do Silêncio.

Braga, «capital» da Semana Santa




A crise actual e condições climáticas adversas podem afectar as celebrações da Semana Santa na cidade de Braga, que se encontram entre as mais importantes do nosso país.

“O tempo no norte do país tem estado muito ingrato e vamos ver se à noite haverá condições para a procissão da burrinha sair”, disse esta Quarta-feira à Agência ECCLESIA o Cón. Jorge Coutinho, presidente da Comissão das Solenidades da Semana Santa em Braga.

Durante a Semana Santa, assim chamada por causa dos mistérios que celebra e pela opção de vida a que deve conduzir, é o fecho do tempo litúrgico da Quaresma, itinerário de preparação para a grande festa da Páscoa, a cidade de Braga recebe muitos visitantes vindos de vários pontos do país e até de Espanha. “Às vezes não sabemos se estamos em Portugal ou na Galiza porque ouvimos falar mais «galego» do quer português”.

Para ajudar nesta mobilidade humana, a Comissão destas celebrações fez um acordo com os Comboios de Portugal (CP) que “disponibiliza comboios especiais ou reforço das linhas regulares” – sublinhou o Cón. Jorge Coutinho.

A cidade de Braga “está toda decorada” com um “roxo bastante leve”. E acrescenta: “As pessoas vivem estas celebrações e algumas até se ajoelhem quando passam as procissões”.

Na Idade Média, a dramatização da Paixão de Jesus fez com que se lhe chamasse “semana dolorosa”. Esbateu-se, então, o seu aspecto salvífico e de vitória sobre a morte mediante a ressurreição. Iniciada no Domingo de Ramos, a Semana Santa vai até à tarde de Quinta-feira, momento em que começa o Tríduo Pascal.

Quarta-feira Santa

Nos últimos anos, foi recuperada e antecipada para a Quarta-feira da Semana Santa uma procissão que se realizava na noite de Sábado Santo: a “Procissão da Burrinha”, assim chamada por nela se incorporar uma imagem da Santíssima Virgem, montando um franzino jerico. Esta procissão constitui hoje um dos mais conseguidos momentos catequéticos da Semana Santa.

A “Procissão da Burrinha” regressou à Semana Santa em 1998, após uma suspensão de 25 anos. Na altura em que foi suspensa, realizava-se na noite de Sábado Santo, entre a igreja de São Victor e a da Misericórdia, mas o seu conteúdo não tinha a força do actual.

Quinta-feira Santa

A Quinta-feira Santa é o último dia da Quaresma — com a Missa da Ceia do Senhor começa o Tríduo Pascal).

Antigamente, na manhã deste dia celebrava-se o rito da reconciliação dos penitentes, a quem tinha sido imposto o cilício em Quarta-feira de Cinzas. Agora, a manhã é preenchida pela Missa Crismal e a bênção dos óleos, que hão-de ser utilizados na administração dos sacramentos do Baptismo, Crisma (ou Confirmação) e Santa Unção.

É vulgar que, na homilia, o bispo diocesano sublinhe alguns aspectos da vida do presbitério, mormente glosando a Carta do Papa aos Sacerdotes, anualmente publicada, expressamente, para esta ocasião.

Durante a tarde celebra-se, na Missa Vespertina da Ceia do Senhor, a instituição da Eucaristia e do sacerdócio e também a proclamação solene do Mandamento do Amor, na sua nova dimensão: «Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei», como ordenou Jesus, que, para dar exemplo palpável do amor declarado, lavou-lhes os pés.

Lavar os pés era um dever de hospitalidade num país de viajantes descalços ou usando sandálias. Chegavam cobertos de pó, que os escravos deveriam retirar. Percebe-se, por isso, o espanto dos apóstolos, traduzido por Pedro: «Senhor, tu vais lavar-me os pés? Não; nunca...». Jesus insiste, contudo, no serviço humilde, num gesto que anuncia a entrega mas que só horas depois se perceberá.

No final da Missa, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os altares.

A procissão do Senhor Ecce Homo

É a procissão do princípio da noite de Quinta-feira Santa, lembrando o momento em que Pilatos apresentou à multidão Jesus flagelado e coroado de espinhos.

“Ecce Homo” (Eis o homem), disse o Procurador, porventura acolhendo a secreta esperança de que tudo pudesse terminar por ali. Mas não; não se comoveram os circunstantes, que continuaram a reclamar, e conseguiram, a condenação à cruz.

Também se lhe chama “Procissão dos fogaréus”, lembrando os tempos em que era precedida por um grupo de mascarados que transportava tigelas acesas e acusava, impiedosamente, os moradores das ruas por onde o cortejo passava.

Sexta-feira Santa

Este é o dia em que não é celebrada a Eucaristia. Sexta feira dedica-se à Paixão um especial rito comemorativo, normalmente com início às 15h00, mediante o cumprimento de um minuto de silêncio, que convida a um exame de consciência e consequente contrição. Divide-se pela proclamação da Palavra de Deus, apresentação e adoração da Cruz e comunhão.

Na Sé de Braga, no final da celebração da Paixão, o Santíssimo Sacramento é encerrado no caixão, que será conduzido na Procissão Teofórica, até à capela onde vai ficar resguardado.

A procissão do enterro do Senhor estabeleceu-se em Portugal nos fins do século XV ou princípios do XVI. Foi trazida de Jerusalém pelo padre Paulo de Portalegre, tendo começado a fazer-se no convento de Vilar de Frades, em Barcelos, donde se propagou por todas as catedrais.

No caixão ia uma das hóstias consagradas em Quinta-feira Santa (daí o nome de “teofórica”, ou seja a que leva Deus). Na Sé de Braga, as naves são escurecidas e assistem ao passar da procissão, enquanto pequenos cantores entoam lamentos: «Heu, heu Domine; heu Salvator Noster» (Ai, ai Senhor; ai Nosso Salvador).

Ouvindo estes lamentos, podemos lembrar que nos funerais do tempo de Jesus as lamentações dos mortos cabiam aos parentes, amigos e conhecidos. Às vezes, a todo o povo. Também se chegava a pagar a pessoas, geralmente mulheres.

Procissão do Enterro

Braga participa nesta solene procissão na noite de Sexta-feira Santa. É uma procissão vivamente contrastante com a da noite da Quinta-feira Santa: não há fogaréus, os participantes vão de rosto coberto e os estandartes das confrarias e irmandades não vão desfraldados, mas caídos sobre os ombros de quem os transporta. O silêncio é quase total, apenas quebrado, aqui e ali, pelo gemido de uma lamentação.

À frente de cada grupo de pequenos figurantes, um anjinho transporta o letreiro identificativo. Eis alguns exemplos: Moisés acompanhado pelos israelitas; Jesus com os apóstolos; Jesus a caminho do Monte das Oliveiras; Agonia de Jesus no Horto; Conforto; Prisão de Jesus; Jesus açoitado e coroado de espinhos; Jesus consola as mulheres de Jerusalém; Jesus recomenda a sua mãe o discípulo amado; Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito; Jesus morre na Cruz; Descimento da Cruz; Esquife com a imagem do Senhor morto; Última dor de Nossa Senhora; Resignação; Penitência; As minhas palavras hão-de cumprir-se a seu tempo; Darei meu coração a todos os que invocarem meu nome; Paixão; Calvário…

Sábado Santo

O significado do Sábado Santo está patente na apresentação que dele faz o Missal: a Igreja permanece neste dia junto do túmulo do Senhor, meditando na Sua paixão.

A única celebração primitiva parece ter sido o jejum. Actualmente, como dia de oração e repouso, encontra na oração da Liturgia das Horas o seu único momento. Deste modo, no Ofício de Laudes saboreia-se a salvação universal anunciada aos justos no Antigo Testamento; nas Vésperas, poucas horas antes da Vigília Pascal, domina a esperança perante a iminente ressurreição.

Uma deficiente interpretação do Sábado Santo chegou a antecipar para o período da manhã a celebração da vigília. A partir do século XIV passou para as primeiras horas da manhã; mas tudo foi reconduzido ao significado primitivo com Pio XII, em 1951.

Domingo da Ressurreição

O Domingo da Ressurreição é, fundamentalmente, a Vigília Pascal. É uma celebração nocturna, que dá cumprimento ao pedido do Senhor: «tende as vossas lâmpadas acesas».

Esta noite santa rompe com o jejum e inaugura a grande festa da alegria. É a noite da celebração sacramental da Páscoa pela Palavra, o Baptismo e a Eucaristia.

A grande vigília atinge o seu cume precisamente na celebração da Eucaristia, que inicia o Domingo da Ressurreição. É a Eucaristia por excelência, na qual o neófito e cada cristão são absorvidos na comunhão com Cristo, nossa Páscoa, enquanto esperam a vinda gloriosa do Senhor. A vigília termina antes do amanhecer. Inicialmente era a única celebração do Domingo; e na liturgia romana foi-o seguramente até ao século V.

Esta Missa da Vigília Pascal, mesmo que termine antes da meia-noite, é a missa pascal do Domingo da Ressurreição.

Compasso ou Visita Pascal

O Domingo de Páscoa é, em muitas terras, dia para o Compasso ou Visita Pascal: através das ruas festivamente adornadas, o pároco, ou alguém que o represente, leva, de casa em casa, a Cruz florida em visita às famílias. Foguetes e campainhas avisam que «já aí vem...», de modo que familiares e amigos se possam perfilar, atempadamente, para beijar a Cruz.

Em 21 de Fevereiro de 1942, o Arcebispo de Braga, D. António Bento Martins Júnior, referia-se assim a este costume: «A Santa Igreja quer que o seu representante nas freguesias, anjo custódio e pacificador das almas que lhe foram confiadas, percorra os lares do seu rebanho, aspergindo-os com a água lustral, que os guarde, proteja e defenda, como foi defendido o povo de Deus, assinalado na saída do Egipto, pelo sangue do Cordeiro, figura de Jesus Cristo. É nesta nobre e santificadora missão que o pároco leva a todas as casas e aos seus filhos espirituais que nelas vivem os seus votos paternais de ressurreição espiritual, eficaz e duradoura».

Mais informações em www.semanasantabraga.com

Capelas floridas na Semana Santa do Sardoal



A partir de Quinta-feira Santa e até Domingo de Páscoa, o chão das Capelas e Igrejas do Sardoal, no Distrito de Santarém, vai estar enfeitado com tapetes feitos à base de pétalas de flores e verduras naturais, sendo completados com acessórios e artefactos alusivos à Semana Santa e Páscoa.

Esta é uma tradição de envolvimento popular que se julga ser única no país, sabendo-se que já existia no século XIX.

As tarefas nas Capelas têm lugar na noite de Quarta-feira e prolongam-se pela madrugada, envolvendo cristãos e não-cristãos, agnósticos, não-praticantes, jovens e gente de todas as idades.

As Capelas enfeitadas são um dos “cartazes” mais importantes das Celebrações da Semana Santa e Páscoa em Sardoal (Capela de S. Sebastião; Igreja da Misericórdia; Capela do Espírito Santo; Capela de Nossa Senhora do Carmo; Capela de Santa Catarina; Capela de Sant’Ana; Capela do Senhor dos Remédios; Igreja do Convento de Santa Maria da Caridade).

A Procissão do Senhor da Misericórdia (ou dos Fogaréus), na noite de Quinta-feira Santa, efectuada à luz de velas e archotes, confere à terra um cenário de grande misticismo.

A electricidade da rede pública é desligada no percurso do Cortejo, e nas janelas das casas, varandas, sacadas e nas escadarias do Convento de Santa Maria da Caridade, são colocadas e acesas mais de seis centenas de lamparinas de azeite e cera, ou lanternas de vidro.

Nesta Procissão podem ainda ser apreciados os painéis (provavelmente do século XVIII), pertença da Misericórdia, representando cenas da Paixão de Cristo.

Destaque ainda para a Procissão do Enterro, na Sexta-feira Santa, e a Procissão da Ressurreição, no Domingo de Páscoa.

“A grande dimensão e brilho alcançados nos últimos anos pela Semana Santa e Páscoa e a revitalização destes valores religiosos e culturais, não se deve a obra do acaso, mas sim à colaboração de todos e à boa articulação entre os diversos intervenientes”, indica Fernando Constantino Moleirinho, Presidente da Câmara Municipal do Sardoal.

Programa

Quinta-Feira Santa, 1 de Abril

19 Horas – Missa Vespertina da Ceia do Senhor – (Igreja Matriz)

Cerimónia do Lava-Pés e Trasladação

Adoração com a participação dos Irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento

21h30m – Procissão do Senhor da Misericórdia (ou Fogaréus)

Sermão do Mandato (A cargo da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, na Igreja do Convento).

Esta Procissão, que sai da Igreja da Misericórdia, é feita à luz de velas, archotes e candeeiros com a electricidade da rede pública desligada, ao longo do seu percurso.

Sexta-Feira Santa, 2 de Abril

17 Horas – Celebração da Paixão do Senhor Adoração da Cruz

18h30m – Procissão do Enterro do Senhor

Sermão da Soledade (Enterro)

(Irmandade da Vera Cruz e Santíssimo Sacramento)

Sábado Santo, 3 de Abril

22 Horas – Vigília Pascal, Bênção do Lume Novo, Bênção da Água, Renovação das Promessas do Baptismo e Ressurreição do Senhor

Domingo de Páscoa, 4 de Abril

15 Horas – Procissão da Ressurreição do Senhor

Missa Pascal

Mais informações em www.cm-sardoal.pt

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