A Santa Casa da Misericórdia de Faro veio informar, com “profunda tristeza”, através de comunicado enviado à redacção da FOLHA DO DOMINGO, que este ano não será promovida, “por questões de segurança”, a tradicional Procissão do Enterro do Senhor que anualmente tem lugar na noite de Sexta-feira Santa. Em causa está o estado de degradação da igreja da Misericórdia de Faro onde se inicia e se conclui o cortejo litúrgico que percorre as principais artérias da capital do Algarve.
Segundo a Santa Casa da Misericórdia de Faro, a tomada de posição foi decidida por unanimidade pela sua Mesa Administrativa, pelo capelão da instituição e pelo Moto Clube de Faro, principal organizador da iniciativa, a segunda de maior expressão realizada no Algarve logo a seguir à de Nossa Senhora da Piedade (Mãe Soberana). A instituição adianta ainda que a decisão foi fundamentada tendo em conta as conclusões do estudo preliminar levado a efeito pela empresa Oz - Diagnóstico, Levantamento e Controlo de Qualidade em Estruturas e Fundações, Lda. sobre as anomalias existentes na igreja da Misericórdia. O documento informa ainda que, no ano transacto, se efectuaram “várias diligências no sentido de se realizarem obras de manutenção e restauro do edifício” depois da última intervenção levada a cabo em 1997 pela própria Santa Casa da Misericórdia. “Efectuámos no final de 2007 uma candidatura de apoio financeiro, no âmbito do Programa Equipamentos Urbanos de Utilização Colectiva. Infelizmente, e apesar do que nos foi prometido, chegámos ao final do ano de 2008 e nada se concretizou”, lamenta a instituição, lembrando que, “por se tratar de edifício classificado pela Direcção Regional de Cultura, quaisquer obras de reabilitação exigem autorização superior”. Sem a desejada comparticipação do Estado que seria complementada com o apoio da Câmara de Faro, ficando o restante valor a cargo da própria Santa Casa, a instituição informa que irá proceder ao encerramento ao culto da igreja da Misericórdia em Faro, por “motivos de segurança”, “enquanto as obras de conservação e restauro não se realizarem”.
Fonte: Folha do Domingo
acabou por não ser cancelada e saiu à rua
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