sexta-feira, 4 de junho de 2010

Calvário com 300 anos destruído em Rendufe


Um calvário com 300 anos foi demolido na freguesia de Rendufe, concelho de Amares, uma situação que choca o povo e que semeou o descontentamento entre os irmãos da Confraria de Nosso Senhor dos Passos de Rendufe, que repudiaram ontem tal acto.

“Passei aqui na sexta-feira de manhã (dia 28 Maio) e vi demolir o calvarinho sem ter conhecimento disso. Alertei o pároco e ele veio cá mandar parar a obra”, disse ao ‘Correio do Minho’ Alberto Sousa Fernandes, irmão da confraria.

O monumento, propriedade da confraria, “foi mandado deitar abaixo pelos proprietários da obra que está a ser construída por detrás do calvarinho”, no terreno que lhe está adjacente, explicou Alberto Sousa Fernandes, ‘apontando o dedo’ ao Juiz da Confraria de S. Sebastião, “que sabia da situação e não avisou os restantes irmãos”.

O “povo está descontente por não ter conhecimento desta situação”, tendo sido apanhado de surpresa com a destruição de uma capela com 300 anos, lamentou Alberto Fernandes.
De três e m três anos realiza-se na freguesia de Rendufe a Procissão do Senhor dos Passos a caminho do Calvário, percurso que integra a passagem neste local sagrado, demolido na sema-na passada.

“Este era um ponto importante da procissão”, o último antes da capela, justificou o irmão da confraria, garantindo que para “mudar o calvarinho de sítio têm que se mudar os outros todos também”. “O pároco e o resto dos irmãos tinham que ter conhecimento disto para se poder fazer qualquer coisa”, frisou Alberto Sousa Fernandes, referindo que “os calvarinhos nunca estorvaram a ninguém”.



O calvário faz parte de um conjunto de seis monumentos do género, aos quais se junta a Capela de S. Sebastião, edificada no alto da Avenida do Monte do Calvário.
De acordo com um documento enviado à comunicação social, os associados da confraria decidiram “agendar uma assembleia para decidirem se este acto de autêntica barbaridade deve ou não prosseguir”, sob pena de descaracterizar o percurso de evocação da Procissão do Se-nhor dos Paços.

2 comentários:

  1. Enfim... O calvario foi reconstruido exactamente como o antigo! Ele estava em pessimas condiçoes, tinha que ser reconstruido de qualquer das formas. apenas de fez um pequeno ajuste e se desviou um pouco para nao ficar na frente da moradia.. coisa de escassos metros!
    O problema do Sr. Alberto é que ele é construtor civil e a obra nao ficou a seu cargo!!

    ResponderEliminar