segunda-feira, 4 de maio de 2009

Devoção e tradição na Procissão do Enterro do Senhor



A Procissão do Senhor Morto as ruas das aldeias do Mato e de Ribafria na passada sexta-feira, dia 11 de Abril. Um cortejo de centenas de fiéis percorreu as ruas destas duas localidades do concelho de Alenquer entoando cânticos de louvor a Deus em que a emoção esteve presente.

Já noite cerrada a procissão do Senhor Morto teve início na Casa de Oração de S. Jerónimo do Mato. O cheiro a rosmaninho enchia o ar, e as ruas estavam, decoradas com flores e velas. Criou-se assim mais uma vez a atmosfera ideal para recordar que naquele dia morreu o Senhor.

Mesmo os que não professam a religião católica parecem ficar sensibilizados com todo aquele ritual. Um misto de dor e beleza enfeita todo o percurso, os populares, como o fazem para outras procissões, enfeitam as ruas para fazer daquela procissão um dos marcos do ano, e esmeraram-se para que as ruas devidamente ornamentada, dando mostras do seu carinho e entusiasmo para com esta sua tradição renascida e única no concelho de Alenquer.

O barulho da “matraca”, que anunciava a passagem do cortejo, e a Fanfarra dos Bombeiros da Castanheira, que com a marcha em tons fúnebres assinalava a passagem da procissão, presidida pelo diácono Alfredo, que já à três anos acompanha esta procissão, e que referiu no seu sermão a sua admiração pelo crescimento desta manifestação religiosas, bem como a sua importância para reaproximar as populares à Igreja, exortando para a necessidade dos cristão participarem activamente nas celebrações semanais, se não fora esta sentida pregação que produziu efeito em muitos dos presentes, esta procissão teria sido simplesmente mais uma.

Esta procissão teve ainda a participação da Confraria da Cruz Nova e de Nª Sª dos Prazeres de Aldeia Galega e da Irmandade dos Passos de Nº Sº Jesus Cristo de Alenquer, que depois da procissão puderam ter um momento de convívio entre estas três terras que organizam as várias procissão ao longo da Quaresma.

As ruas encheram-se de populares para admirar e participar no cortejo. Deu-se assim vida, mais uma vez, a uma das muitas emblemáticas tradições portuguesa, que marca a fé e memória de que nelas participam.

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