Cânticos nocturnos entoados nos pontos altos das localidades e costumes que impedem as mulheres de lavarem a roupa ou de se pentearem na Semana Santa são tradições pascais que se mantêm em muitas aldeias da região da Guarda.
Os cânticos da "Encomendação das Almas" e os "Martírios de Jesus Cristo" são dois dos costumes típicos da Quaresma ainda preservados pelos mais idosos e por algumas associações do concelho da Guarda, com destaque para a aldeia de Marmeleiro.
A "Encomendação das Almas", tradição típica das mulheres, subsiste nas localidades de Aldeia do Bispo, Faia, Quinta de Gonçalo Martins, Marmeleiro, Castanheira, Maçainhas e S. Miguel, entre outras.
Os cânticos são entoados durante a noite, "nos sítios mais altos", explica Júlia Conceição, 83 anos, residente no Marmeleiro, que recorda outros tempos quando a terra tinha "dois coros".
O cântico dos "Martírios", associado aos homens, sobrevive na mesma aldeia, onde é recriado, anualmente, pela perseverança de dois idosos da terra - José Marques Escada, 77 anos, e outro "rapaz" da mesma idade.
É também Escada que mantém viva a tradição do toque da matrácula (instrumento de madeira com argolas de ferro) que na Sexta Feira Santa substitui o sino, que não pode ser tocado, para chamar os fiéis para a adoração da cruz, na igreja matriz.
por António Sá Rodrigues, da agência Lusa
Os cânticos da "Encomendação das Almas" e os "Martírios de Jesus Cristo" são dois dos costumes típicos da Quaresma ainda preservados pelos mais idosos e por algumas associações do concelho da Guarda, com destaque para a aldeia de Marmeleiro.
A "Encomendação das Almas", tradição típica das mulheres, subsiste nas localidades de Aldeia do Bispo, Faia, Quinta de Gonçalo Martins, Marmeleiro, Castanheira, Maçainhas e S. Miguel, entre outras.
Os cânticos são entoados durante a noite, "nos sítios mais altos", explica Júlia Conceição, 83 anos, residente no Marmeleiro, que recorda outros tempos quando a terra tinha "dois coros".
O cântico dos "Martírios", associado aos homens, sobrevive na mesma aldeia, onde é recriado, anualmente, pela perseverança de dois idosos da terra - José Marques Escada, 77 anos, e outro "rapaz" da mesma idade.
É também Escada que mantém viva a tradição do toque da matrácula (instrumento de madeira com argolas de ferro) que na Sexta Feira Santa substitui o sino, que não pode ser tocado, para chamar os fiéis para a adoração da cruz, na igreja matriz.
por António Sá Rodrigues, da agência Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário