O programa da Semana Santa de Braga de 2012 dá especial atenção aos mais jovens, num ano em que aquela cidade é Capital Europeia da Juventude
"Sendo Braga em 2012 a Capital Europeia da Juventude, fizemos questão de marcar essa circunstância com dois eventos com isso relacionados", disse hoje à agência Lusa o presidente da comissão organizadora das solenidades, cónego Jorge Coutinho.
Um desses eventos é a Via-Sacra Jovem, que substitui a tradicional Via-Sacra pelos 'calvários', no final da procissão da trasladação da imagem do Senhor dos Passos. A iniciativa, a realizar na Praça do Município sob organização dos movimentos ligados à Pastoral de Jovens da Arquidiocese de Braga, está agendada para 31 de março, véspera do Dia Mundial da Juventude.
A associação da Semana Santa à Capital Europeia da Juventude é sublinhada também na exposição «Ele vai passar por ti. Olha-O!», que estará patente na Casa dos Crivos e que expressa o modo como os jovens veem o evento.
Além dos atos tradicionais religiosos, a programação da Semana Santa de Braga, que se desenvolve entre 22 de fevereiro e 10 de abril, integra uma vertente cultural com um total de seis concertos e onze exposições. Três dessas iniciativas constituem uma extensão da Semana Santa fora de portas: a mostra de pintura «Eu Kristus...», de Luís de Matos, que estará patente na localidade galega de La Guardia, uma exposição itinerante sobre a iniciativa que percorrerá diversas cidades portuguesas e galegas, bem como uma apresentação de fotografias de Carlos Ribeiro sobre a mesma matéria, a apresentar em Barcelos.
Considerando o segundo polo português do chamado turismo religioso a seguir a Fátima, Braga atrai, pela Semana Santa, 50.000 a 60.000 pessoas, só nas principais procissões. "Nessa altura, fica praticamente esgotada a capacidade hoteleira da cidade", sublinhou o cónego Jorge Coutinho.
Na Semana Santa de Braga pode dizer-se que a devoçáo é a grande ausente.
ResponderEliminarA maior parte das pessoas invade Braga pela curiosidade de ver umas dúzias de homens descalços (a maioria pagos para isso).
Não há dúvida que se trata de belas peças de teatro religioso, a fim de que a tradição, e apenas a tradição, a que se soma o interesse económico, não se extingam.
Infelizmente, ainda, os "actores" deste "teatro" têm de alugar o "guarda-roupa".
Apenas os descalços farricocos recebem "cachet"!